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Sábado - 16/02/2008 às 19:52

A PORTA DE MEUS LÁBIOS...


A PORTA DOS MEUS LÁBIOS...

O dia 29 de Abril de 2000 é mais uma página virada do nosso calendário, e é difícil para a maioria de nós, relembrar o que aconteceu  nesse sábado tão distante. Para as famílias de Tetsuo Yamahiro, turista japonês de 40 anos de idade, e de Edgar Castellanos, motorista guatemalteco, será sempre uma data de triste lembrança e profunda lamentação. Os dois homens estavam juntos passeando pelo mercado maia da aldeia de Todos Santos Cuchumatán, no interior da Guatelamala, pequeno país localizado na América Central.  O turista japonês tirava fotos das crianças e mulheres com seus trajes típicos da região, quando alguém gritou histericamente que eles estavam roubando as crianças. Uma multidão descontrolada atacou os dois homens com paus e pedras. Eles morreram deformados pela violência da agressão. Eram inocentes. O ‘alguém’ que gritou estava mentindo. Elifaz argumenta no capítulo 5, versículo 21, do livro de Jó: “Do açoite da língua estarás abrigado...’.  Observe que a língua pode ser usada como um açoite, um chicote do qual desde a antigüidade queria-se estar protegido. Usada como instrumento para o mal, causa ferimentos que podem ser fatais. Como o amado irmão tem usado a sua língua? Quando reclamamos que a nossa vida está insípida e espinhosa, e que os dias são sombrios e desalentadores, é sábio refletir à luz do conselho da Palavra de Deus, inclusive, comparando nosso uso da língua com a exortação do apóstolo Pedro: “Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano’ – Iª Pedro 3 : 10. Concordando com ele está Tiago ao dizer com a seriedade que lhe é peculiar: ‘Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã’.  Continuarei a meditação do tema proposto na próxima edição deste jornal, pois me foi solicitado diminuir as linhas, o que faço consciente que o espaço me é cedido por graça ( no sentido teológico mesmo, de favor não merecido! ) pelos irmãos patrocinadores deste periódico. Antes de finalizar esta primeira parte, vamos anotar os tipos de língua referidos na Bíblia: língua dobre – Iª Tm 3 : 8; língua dos astutos – Jó 15 : 5; língua como de víbora, Jó 20 : 16; língua lisonjeiadora – Salmo 5 : 9; língua soberba – Salmo 12 : 3 ; e outras mais, como língua da contenda, língua do mal, língua como pena de um destro escritor, língua que louva, língua como navalha afiada, língua fraudulenta, língua como espada afiada, língua que fala da justiça de Deus todo o dia, língua mentirosa, enganadora, de cânticos, língua má, da mulher estranha e adúltera, língua do justo, da perversidade, língua dos sábios, saudável, maligna, falsa, branda, fingida, beneficente, língua seca de sede ( Isaías 41 : 17 ). Meus amados, mais do que podemos supor, o inferno tem muita responsabilidade com o veneno e o fogo da língua. Cada vez que os homens usam pecaminosamente a língua, acendem-na com o fogo do inferno. Ela só pode ser refreada, domada, controlada com a ajuda da graça de Deus, na assistência do Espírito Santo. Isto não é impossível. A língua abençoada é resultado de um coração santificado. Na dependência da graça de Deus, sejamos coerentes com a nossa conversão a Cristo Jesus, e oremos como o salmista: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios” – Salmos 141 : 3.

Evangelista Eliel Goulart

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